sábado, 15 de setembro de 2007

Story of my life: o cartão unfaithful.


Dia de semana. Já eram quase sete da noite, perto de começar a aula. A última refeição tinha sido feita por volta do meio-dia. De repente, quando abro a bolsa, uma luz: o Cartão Fidelidade da UnP. Meus problemas estavam resolvidos. Afinal, com tal divindade eu teria desconto na padaria mais próxima. Então me reuni com mais duas amigas e dali comer. A fome finalmente foi saciada. No caminho até o caixa para pagar a conta, estávamos felizes, afinal tínhamos em mãos, 'o' Cartão Fidelidade, e eu pensava: hahaha! Diante do tédio da fila, fui chamada a atenção com uma voz meio que game over: 'PRÓXIMO!' E lá fomos nós com a comanda em uma mão e O cartão fidelidade na outra, sem falar do sorriso interno de quem diz 'tenho desconto'. A moça do caixa, com uma cara de assalariada em final de expediente, como quem grita por dentro I DON'T WANNA DO THIS ANYMORE! olhou para nossa cara, na verdade olhou primeiro para nossas mãos e ao avistar o que que viu, alegou: er... mas no caso moça, não vai poder entrar nem o pão de queijo, nem a tapioca e nem o refrigerante. Nós retrucamos: OXE, e o que entra então? 'nada, moça'. Deu vontade de vomitar ingrediente por ingrediente, bolha por bolha de gás de refrigerante na cara dela, depois de um dia como o que tive. Mas manti a calma e perguntei: mas a sopa entra né? 'ah a sopa! entra também não mulher.' A sede de vingança falou mais alto naquele momento, mas tudo que fiz foi expirar e inspirar como se estivesse em trabalho de parto e pagar a conta como qualquer outra pessoa que não tinha o cartão (in) fidelidade.
I don' t wanna take away her life. I don't wanna be... a muderer. No no no no.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Tudo depende do referencial.

Na sexta série eu já comecei a pensar que eu era quem eu quisesse ser, era a própria dona da verdade. Até tirei minha primeira nota baixa como sinal de 'aloha já sou pré'. Ah, a professora de português, uma típica fortalezense reprimida, com todos aqueles adjuntchos adjiverbiais, não conseguiu ensinar o verdadeiro bê-a-bá. Apenas passou um texto que servia para ler de baixo para cima ou de cima para baixo. A única coisa que aprendi: tudo depende do referencial. Seis anos depois olho para aquele tempo e digo: coitada. Quem sabe nos veremos aqui daqui a seis anos novamente...